Não tive coragem de vestir as outras pessoas que moram em mim. Deixei-as caídas no meio da sala. Inertes e frias. Fui buscar o que respirar sozinha. Longe de todos eles. Uma pausa na pluralidade de (em) mim. Um abandono bem vindo. Me fiz velha muito antes da chegada dos anos pesados. O rosto limpo permanece dentro das horas na noite que não acaba.Quem nunca dorme sente o tempo passar dobrado.O errado permanece empoeirado e o sorriso encoberto pelo lençol branco, o mesmo que cobre a mobília. Devo à mim mesma várias parcelas de vida, de inúmeras vidas. E essa racionalidade parece surreal agora...
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Coloque uma margarida nessa pulseira, vou gostar.