Anthony Hopkins e Anne Bancroft em um filme constrangedoramente encantador.
O cenário divide-se entre o apartamento de uma escritora excêntrica, apaixonada por livros raros em Nova Iorque e uma livraria em Londres, onde Hopkins é o gerente.
Uma história simples, iniciada em 1949 e estende-se por 20 anos. Correspondiam-se por cartas durante esse tempo, trocando livros e por vezes alguns presentes. A expectativa da espera cria um enredo único, pontuado de uma ternura velada, própria da época.
A distância torna-se um mero detalhe, e as cenas em que eles sentem-se tão próximos, que falam olhando diretamente para a câmera, como se estivessem frente à frente, são emocionantes.
E nunca se viram...
Alguns trechos marcantes do filme:
" Tivesse eu os céus bordados em tecidos envolvidos por luz dourada e prateada... tecidos claros e escuros representando o dia e a noite, eu os espalharia sob seus pés. Mas, como sou pobre, tenho apenas meus sonhos. Espalhei meus sonhos sob seus pés. Caminhe suavemente: Você pisa em meus sonhos."
" A humanidade, como um todo, forma um grande livro.
Quando um homem morre, um capítulo não é arrancado... e sim traduzido para um idioma melhor. E cada capítulo deve assim ser traduzido. Deus emprega vários tradutores. Alguns trechos são traduzidos pela idade... outros por doença; alguns pela guerra. Mas a mão de Deus reúne todas as folhas soltas, e as coloca naquela biblioteca em que os livros se abrem uns para os outros."
" Sinto demais a falta dele. A vida era tão interessante. Ele me explicava e ensinava as coisas dos livros. "
Um belo filme.
* Gosto mais do título original! Vi esse filme por indicação de uma pessoa que ama outra que nunca viu. Torço para que em breve estejam juntos.
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Coloque uma margarida nessa pulseira, vou gostar.