Acordo nesse dia em que nada existe, nem o dia. Mas ontem foi sábado e amanhã é segunda. A noite continua, engole o dia e beija o sol como em uma despedida. E eu sinto seu beijo também, por dentro é noite. Não se pode viver essas horas, ninguém sorri de verdade agora. Aqueles olhos permanecem por mais tempo aqui, por ser dia de descanso. Um acaso infeliz. É uma gaiola, o domingo é uma gaiola muito velha, cheia de ferpas que ferem a carne. Essas grades, o muro e mesmo assim os olhos me alcançam. Malditos sejam eles que só vêem o verde que não existe em mim...
( mas já acordei, e agora? )
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Coloque uma margarida nessa pulseira, vou gostar.