Continuo longe do mar. Longe de ti. Sei que tu vens aqui vez ou outra. Sei que me lês, sei que também buscas o passado que não tivemos, nosso futuro incerto. Ficou tudo lá, temos apenas uma foto e tanta lembrança. Parece tão real ainda. Dói tanto. Os domingos tão cruéis com essa saudade latente, palpável. Continuo aqui, e parece que ainda tenho aquela velha idade - erro tanto. Já deveria ter entendido que não devo procurar abraços em braços que não são os teus. Será que apenas isso que nos restou é o bastante para uma vida inteira? Essa dúvida me consome e a única coisa que sobra é Amor. O amor que cura, que transforma e que espera. Amor que lembra e que te quer aqui. Longe do mar. E enquanto estivermos longe vou lembrar e, me agarrar a essa lembrança. Sinto. Comprei um livro igual ao que te dei. Me perdoe mas é fevereiro e fica impossível não lembrar de como me sentia quando me abraçavas. Me perdoe, prometo melhorar. Logo muda a estação e fica um pouquinho mais fácil te esperar aqui em casa.
( Tento em vão não escrever para ti, não consigo manter a promessa, as palavras começam doer aqui dentro. Não importa os anos, certas coisas simplesmente permanecem. Aos domingos te amo mais. )
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Coloque uma margarida nessa pulseira, vou gostar.