Aqui é onde a terra se despe
e o tempo se deita..

(Mia Couto, A Varanda do Frangipani)

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Um PALAVRENTO


Foi uma ausência 
                            ESPERÁVEL,
visto que nos 
                      DESCONVIVEMOS.

Foi uma saudade
                            AMARGUENTA

Um meio tempo de 
                                SENTIMENTALismos

Uma pausa na 
                         EXPERIMENTAÇÃO

De uma coisa nova que
                                       EMBARGALHA

Os olhos e faz com que 
                                       BROTOS DE SAL

Escorram molhados e queiram permanecer.

E no fim sobra apenas um gatinho RONRONANDO  alto sua fome pra mim. Nunca é o que se deveria escrever. Nunca é o que se deveria sentir. Por certo as coisas acabam por se misturar e confundem até as palavras mais simples, e eu que nunca fui dada a entendimentos complexos perco-me diante de tanta fala. Mas é domingo e tudo torna-se PERDOÁVEL. Talvez esteja apenas PLURALIZANDO uma solidão. Ou não. Talvez esteja somente SONADA. 





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Coloque uma margarida nessa pulseira, vou gostar.