Eu não escrevo para ti, se escrevesse seriam cartas e não o são. Minha escrita é egoísta, é minha, de mim e para mim. Talvez não exatamente de mim ou sobre mim, mas por mim.
É simples, necessário, sagrado e ritualístico. Perfumado, doce e às vezes dolorido. Importante, santo, meigo, forte, nem sempre belo, mas constante. É lágrima, riso, tudo que tenho, o que nunca tive. Minha falta e tua ausência, faca, pedra, muitas vezes flor. O que posso e o que não consigo, é visceral, pulsante, ínfimo e colérico. É quando descanso de minha insônia, quando posso ser eu sem nome, posso morrer sem culpa.
Escrever é perturbador, é o que cura... de mim... de ti.
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