Agora não tem mais tempo, ajudar fazer a bagagem é triste, é dolorido. Cada dobra na roupa, cada vez que o perfume salta de uma peça, cada vez que o relógio lembra que é preciso ir.
O último café, esfriou, sobrou na xícara. Mesmo doce, não tinha sabor. Feliz por lembrar de tudo. Triste pelas incertezas. Dias lindos, dias poucos. Horas rápidas demais. Tempo curto que vale por vidas.
Lugares que passei por quase todos os dias e nunca havia visto. Foram lugares especias. E é difícil olhar para tudo agora.
Sobra falta de tudo que foi vivido, sobra falta de tudo que não foi vivido, sobra espaço, falta cheiros, sobra cobertor e falta o querer dormir.
É como não ter onde ir, como querer voltar e não saber o caminho. É alguém que não vem...
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Coloque uma margarida nessa pulseira, vou gostar.