Noites que não acabam nunca. O dia que não se deve dizer o nome sempre é longo demais e o tapete continua marcado de um tempo velho. Tudo que ainda não foi já demora. Nada acontece que seja distante, tudo é antes da ponte, sempre no vazio. Uma espera sem diálogos; vazios que marcam. Falta o que foi dito; apenas letras, sem história. Nosso tempo agora no singular. Um medo virado. Os cachorros latem ainda mais no escuro e o sol sempre demora, através das sombras pode ser percebido o que não deve ser escrito. As fotos que nunca foram tiradas já estão na caixa, junto com a madeira para uma casa e as passagens para onde o frio é real. Não existe o lugar para onde voltar. E no fim de tudo acabei exatamente no meu início, preciso aprender que pés de manga não nascem no sul.
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Coloque uma margarida nessa pulseira, vou gostar.