A vida lhe desacontecia.
Era alma moribunda, onde não cabia nem a vontade de não ser.
Alheia a tudo, já não era triste. Não era mais.
Vazou-se em água salgada; feita de um choro mudo. Secou.
Era alguém, mesmo que não entendesse sobre existir. Esmorecia.
A vida lhe engoliu e avessamente ao sentido das coisas, a própria vida entranhou-se em seu ventre, donde nunca mais saiu.
Não era viva, não podia morrer.
Não vivia e nem morria.
Abandonou-se.
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