Os dias seguem uma certa rotina, já percebem-se flores caídas dos ipês, o frio parece ter nos deixado em estado de torpor, o mesmo torpor que nos mantém acordados. Uma réplica de vidas fragmentadas por mãos que desconhecem a profundidade por depois da pele do peito. Já amanhece mais cedo, e não acreditamos mais em segundas chances. A simetria do erro. Palavras soltas. Sempre é mais difícil adentrar uma nova estação pisando sobre antigos dias molhados de uma água salgada tão familiar a quem tenta viajar sem bagagens. Seria um engano imaginar que a mudança poderia acontecer em meio a tantas correntes.
( Seria um erro ainda maior acreditar que olhos verdes podem ver além da janela com tela )
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Coloque uma margarida nessa pulseira, vou gostar.