Não entendo se quem realmente parte é quem embarca. Fiquei na estação naquela manhã. Agora mesmo estando aqui, não me encontro. Não sei mais onde tomar café e nem acho os livros. Me perdi. Os botões da camisa nunca ficam em ordem e a estrada não chega até o destino. Algumas placas foram trocadas. Os lugares estão errados. Opostos. Não importa mais a quantidade de pessoas na fila; estou sem senha. Plataformas de embarque são singulares, solitárias e frias, independente da estação do ano. Nada floresce antes de partir; e nem depois. Quanto antes terminar o dia melhor. Existe muita coisa acumulada em não ter bagagens.
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Coloque uma margarida nessa pulseira, vou gostar.