Aqui é onde a terra se despe
e o tempo se deita..
e o tempo se deita..
(Mia Couto, A Varanda do Frangipani)
domingo, 15 de dezembro de 2013
Maresia
E era como se todo aquele mal que o corroía por depois dos ossos lhe escorresse em lágrimas grossas, do mais puro sal. O verde que permanecia na retina agora era líquido, descia lento e morno sobre a pele seca e envelhecida, traçando uma linha triste.
Quando a maré sobe sempre arrasta consigo mais do que se pode ver de alguma janela distante.
Assim seria mais um verão.
Ainda assim estaríamos com frio por causa das roupas molhadas.
O sal sempre machuca.
E a palavra que prevê a lágrima também.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Um fio de esperança
Dezembro nunca me sorri.
( o que se pode ouvir é apenas um eco, que permanece preso dentro de velhas latas que nos entregaram quando ainda éramos crianças e podíamos crer inocentemente. )
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