Aqui é onde a terra se despe
e o tempo se deita..
e o tempo se deita..
(Mia Couto, A Varanda do Frangipani)
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Dentro
As lágrimas guardadas endurecem grudadas na alma,
Carregada, cheia, pesada e transbordante
Falta a suavidade do toque,
capaz de derrubar montanhas de sal
Fica o vazio de um sentir sem resposta
Fica aqui quem nunca teve coragem de quebrar a casca
Permanece o silêncio de todas as respostas que nunca chegaram
O tempo se arrasta e engole horas que deviam ser vividas em outro lugar
Perto do mar, quase a estação que tanto te adora,
Mais uma estação em que apenas um de nós mergulha
Nunca acreditei no verão
Aqui é sempre inverno e a noite também amanhece junto com o dia.
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
De tanto sentir
Tanto tu e nada mais do que fui
Tudo convergia para o ponto onde começamos.
Tudo era saudade deixando lágrima em algum canto meu.
Tudo Me Perdia.
( Tentei somente em vão, talvez mesmo o tudo ainda fosse pouco. Adoeci de sentir. Fugi de mim. Estive longe e senti frio. Bruscamente mergulhei na dor da realidade de perder.
Nunca mais te vi. )
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