É sal, a gosto.
Um erro de medida, sem gosto.
D'alma a contragosto.
Insondavelmente dias em um tempo de estarmos do lado de fora de tudo que nos acontece e, quem sabe estarmos a salvo dessa constante e monótona repetição cabalística de um calendário com doze sóis e uma única sombra sobre passos que ficam guardados em sapatos já gastos por esse mesmo tempo, antigo. Pegadas quase apagadas em terra úmida de um inverno frio e sombrio, flores desbotadas e nenhuma folha, marcas de uma estação que dura pouco mais de um mês, mas definitivamente demora. Passa em demorados lapsos de luz, entre uma hora e outra; entre estradas que perdem seu caminho e não levam a lugar algum.
Passa mas insiste em ficar, e nem sempre é possível sair daqui;
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Coloque uma margarida nessa pulseira, vou gostar.